URTICÁRIA - SINAL DE ALARME!
- Raphaela Moreira
- 24 de abr. de 2023
- 2 min de leitura
A urticária é uma irritação da pele caracterizada por lesões avermelhadas e elevadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito. Essas lesões podem surgir em qualquer área do corpo, ser pequenas, isoladas ou se juntarem e formar grandes placas avermelhadas, sempre acompanhadas de coceira. Aparecem em surtos, podendo surgir em qualquer período do dia ou da noite, durando horas e desaparecendo sem deixarem marcas na pele.
Ao mesmo tempo que surgem lesões na pele, podem surgir inchaço nos lábios, nas vias respiratórias, causando falta de ar, e no sistema gastrointestinal, causando diarréia. Também pode ser acompanhada de hipotensão ("pressão baixa"). Sendo assim, deve sempre ser criteriozamente avaliada, investigada e tratada, por poder representar um sinal de gravidade e urgência.
A urticária é classificada,
- De acordo com o tempo de duração:
Aguda: quando os sinais e sintomas desaparecem em menos de seis semanas.
Crônica: quando os sintomas duram por seis semanas ou mais.
- De acordo com a causa:
Urticária induzida: quando um fator é identificado, como drogas, alimentos, infecções, estímulos físicos (calor, frio, sol, água, pressão).
Urticária espontânea: quando a doença ocorre sem uma causa identificada, também chamada de urticária idiopática.
O sintoma mais comum é a coceira (também chamada de prurido), mas as lesões podem provocar a sensação de ardor ou queimação. A coceira causada pela urticária costuma ser muito intensa e atrapalha a vida dos pacientes, prejudicando seu dia a dia, além do sono. Os sinais e os sintomas da urticária podem reaparecer a qualquer momento, e perdurar por horas, dias ou meses.
Pode ocorrer inchaço rápido, intenso e localizado, que atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta. Este inchado é chamado de angioedema e, algumas vezes, dificulta a respiração, constituindo risco de vida. As lesões de angioedema podem durar mais de 24 horas. Também existe uma complicação chamada anafilaxia, na qual a reação envolve todo o corpo, causando náuseas, vômitos, queda da pressão arterial e edema de glote (garganta) com dificuldade para respirar. Esses casos são graves e precisam de atendimento de emergência.
O diagnóstico da urticária e do angioedema são feitos principalmente pela história detalhada da doença e pelos sinais e sintomas que o paciente apresenta.
Exames laboratoriais devem ser solicitados para tentar identificar sua casa, ou encontrar doenças associadas. A biópsia da pele pode ser realizada em casos de difícil controle ou para diferenciar de outras doenças da pele.
O tratamento da urticária tem objetivo de controlar completamente os sinais e sintomas da doença. No caso das agudas e induzidas, o ideal é afastar a causa quando possível. O tratamento é realizado com medicações anti-histamínicas, orais, sendo necessário, em casos mais graves, associação de medicações. Nos casos de urticaria crônicos e mais graves, aproximadamente 30% dos pacientes não respondem ao tratamento com antialérgicos, mesmo em doses aumentadas. Nesses casos, são avaliadas outras opções de tratamento mais modernas já disponíveis no Brasil, como medicações imunobiológicas, injetáveis. O tratamento da urticária deve sempre ser indicado pelo médico dermatologista, após estudo detalhado de cada caso. A automedicação pode prejudicar, e muito, o tratamento e o controle da doença.
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